A escala 6×1 é uma das várias formas de organização da jornada de trabalho permitidas no Brasil. O país adota diferentes escalas para atender às demandas específicas de cada setor, sempre em conformidade com as regras que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece.
Nesse sentido, conhecer as opções é fundamental tanto para empresas quanto para colaboradores, pois facilita o alinhamento de expectativas, promove uma relação de trabalho mais produtiva e assegura o cumprimento da legislação.
A seguir, explicaremos as principais escalas de trabalho, suas características e particularidades, para que você entenda qual delas é mais adequada à sua realidade profissional ou empresarial.
Quais são os principais tipos de jornada de trabalho?
Os principais tipos de jornada de trabalho no Brasil incluem:
- escala 6×1;
- escala 5×2;
- escala 4×3.
A seguir, veja como cada uma das escalas funciona e suas especificidades!
Escala 6×1
A escala 6×1 consiste em seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso. É uma das jornadas mais comuns em setores como comércio, alimentação, supermercados e restaurantes, nos quais há alta demanda por serviços contínuos.
O dia de folga pode ser fixo na semana ou alternado, dentro de um sistema de revezamento. Entretanto, a legislação brasileira exige que, a cada sete semanas, pelo menos uma das folgas seja em um domingo. Também é importante atentar para que a jornada não ultrapasse 44 horas semanais.
Essa escala atende bem a setores que precisam manter operações diárias, mas exige atenção das empresas para evitar sobrecarga nos colaboradores.
Escala 5×2
Considerada padrão no mercado de trabalho, a escala 5×2 organiza cinco dias consecutivos de trabalho seguidos por dois dias de descanso. Geralmente, os dias de folga coincidem com o fim de semana, embora não seja uma obrigatoriedade.
Normalmente, a jornada diária é de 8 horas, totalizando 40 horas semanais, o que torna esse modelo muito comum em escritórios, indústrias e setores administrativos. Em geral, é uma escala que oferece um equilíbrio adequado entre trabalho e descanso, sendo bastante comum no Brasil.
Escala 4×3
Embora ainda pouco popular no Brasil, a escala 4×3 atrai atenção por ser uma alternativa que busca melhorar a qualidade de vida e a produtividade dos trabalhadores. Nesse modelo, o colaborador trabalha quatro dias seguidos e descansa durante três dias consecutivos.
Países como Reino Unido, Estados Unidos, Espanha e Austrália já testam o modelo e algumas empresas brasileiras estão em fase de experimento junto a iniciativas globais, como a 4 Day Week Global.
É uma escala que promove o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mas exige um planejamento para garantir que a redução de dias de trabalho não impacte a produtividade.
Leia também: Entendendo a legislação brasileira sobre controle de ponto
Quer saber mais sobre cada modelo? Confira a seguir outras informações importantes!
Escala 6×1: a escala mais comum no comércio
A escala 6×1 é um modelo de jornada de trabalho comum em setores como comércio, varejo e alimentação. Nessa configuração, o trabalhador desempenha suas atividades por seis dias consecutivos, com direito a um dia de descanso em seguida.
A nomenclatura “6×1” refere-se justamente a essa divisão: seis dias de trabalho seguidos por uma folga obrigatória. Embora o mais comum seja iniciar a semana de trabalho na segunda-feira, a escala pode começar em qualquer dia da semana, conforme as necessidades da empresa. Em alguns modelos, a folga pode ocorrer na segunda-feira, por exemplo.
O importante é garantir que o dia de folga ocorra após o período de seis dias consecutivos de trabalho, em conformidade com a legislação trabalhista.
Para atender as 44 horas semanais que a CLT prevê, a escala 6×1 geralmente distribui as horas de trabalho em turnos de aproximadamente 7 horas e 20 minutos por dia. No entanto, também é possível ajustar a carga horária de modo que, por exemplo, os funcionários trabalhem 8 horas de segunda à sexta-feira e 4 horas no sábado.
A flexibilidade do modelo permite que empregadores organizem a jornada de forma eficiente, mas é essencial garantir que qualquer ajuste esteja de acordo com as normas da legislação. Além disso, a empresa deve monitorar eventuais horas extras para evitar descumprimentos legais e sobrecarga de trabalho.
Escala 5×2: quais as vantagens?
A escala 5×2 é uma das mais utilizadas no mercado de trabalho por estar totalmente alinhada às normas da legislação brasileira. Nessa configuração, o trabalhador atua cinco dias consecutivos e descansa dois, geralmente no final de semana.
A jornada diária típica de 8 horas e 48 minutos garante o cumprimento das 44 horas semanais. Assim, os minutos adicionais diários são uma forma de compensação pelo dia extra de descanso, respeitando o direito constitucional de um repouso semanal remunerado de, no mínimo, 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos.
Para os trabalhadores, a escala 5×2 é vantajosa porque proporciona mais tempo de descanso em comparação ao mínimo que a lei exige, o que favorece o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Já do ponto de vista empresarial, a escala facilita a gestão de equipes e permite maior controle sobre os encargos trabalhistas, especialmente em casos de horário comercial, quando não há incidência de adicional noturno. Além disso, a produtividade tende a ser otimizada, já que a distribuição do trabalho ao longo da semana é uniforme.
Escala 4×3: amplamente usada no exterior
Por sua vez, a escala 4×3 organiza a jornada de trabalho em um ciclo de quatro dias consecutivos de trabalho seguidos por três dias de descanso. O modelo é especialmente popular em setores que exigem operações ininterruptas, como saúde, segurança e indústrias que operam 24 horas por dia.
Embora a legislação trabalhista brasileira não trate especificamente da escala 4×3, trata-se de um modelo viável desde que respeite os limites legais de carga horária diária e semanal, além de outros direitos, como o intervalo interjornada de no mínimo 11 horas.
O modelo ganha força devido à sua flexibilidade e pelo potencial de aumentar a produtividade, já que os colaboradores se sentem mais descansados e motivados. Em geral, as empresas que adotam esse formato frequentemente negociam acordos ou convenções coletivas para alinhar as expectativas e garantir a remuneração justa, mesmo com a redução da jornada semanal total.
Tendências no mercado de trabalho: como adaptar a gestão de ponto?
Como sabemos, o mercado de trabalho está passando por mudanças significativas, que vão desde o trabalho presencial até o remoto e o híbrido.
Cada uma das modalidades exige adaptações nas escalas e nos métodos de controle de ponto para garantir uma gestão eficiente e o cumprimento da legislação trabalhista.
Além disso, as diferentes jornadas, como a escala 6×1, 5×2 ou 4×3, demandam soluções específicas para acompanhar a frequência e assegurar a transparência nas relações de trabalho. É fundamental que as empresas identifiquem o melhor sistema de gestão de ponto para cada cenário.
No trabalho presencial, por exemplo, soluções como relógios ponto biométricos são bastante comuns. Por sua vez, o trabalho remoto exige plataformas digitais integradas que garantem a marcação de ponto com precisão. Enquanto ferramentas que combinam diferentes tecnologias, como aplicativos e relógios físicos, são ideais para atender à flexibilidade do trabalho híbrido.
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